sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PARO


Paro. Ouço os acordes. Acordo, e espero, sinceramente, que você nunca acorde para esse acordado mundo. Esse lindo, sincero e silencioso mundo de beleza, de tristeza, de melancolia e alegria que estamos. Que você esqueça ou que simplesmente nunca lembre... mas o corpo não esquece. O corpo marca tudo aquilo que tentamos não permanecer, ele fica como uma linguagem silenciosa entre si, entre nós, uma linguagem simbólica que corrói o que há de bom e que torna tudo que há de triste em uma linda melancolia, que dá um ar bucólico a toda e qualquer lembrança do que não existiu e tornamos essa linguagem em um significante. Este se faz sentir silenciosamente no nosso verdadeiro mundo, aquele onde tudo ainda é perfeito, ainda é lindo e tem um cheiro de brisa com uma leve música ao fundo...não, esqueça tudo! Não, não acorde...

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