sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Cuide-se bem

CUIDE-SE BEM (Guilherme Arantes)

Cuide-se bem!
Perigos há por toda a parte
E é bem delicado viver
De uma forma ou de outra
É uma arte, como tudo...

Cuide-se bem!
Tem mil surpresas
A espreita
Em cada esquina
Mal iluminada
Em cada rua estreita
Em cada rua estreita
Do mundo...

Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...

Cuide-se bem!
Eu quero te ver com saúde
E sempre de bom humor
E de boa vontade
E de boa vontade
Com tudo...

Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...

domingo, 14 de dezembro de 2008

...

Pois sempre falam, não se pode pensar nada que não já tenha sido pensado e eu começo a creditar que sim. Não começo bosta nenhuma!! Já sabia disso, ora pois... Levante a mão quem tem um pensamento inédito!!
Pra quê estou escrevendo isso?! Pois bem, depois de minha revolta com as reticências não deixou de ser engraçado ver um poema, de uma mocinha até bem famosa, que fala justamente sobre viver em reticências, em ser mulher e essas coisas que toda mulher pensa pra se entir especial ou mais poderosa enquanto ser faltante disputando um pouquinho da supremacia masculina. Chego então a uma pergunta: o que será da minha criatividade? Mas, logo vem alguns pensamentos lacanianos em minha cabecinha pensante nada original: o importante não é o discurso, o pensamento em si, mas o modo que é articulado e o colorido que lhe é dado. Sim, viver em reticências...Vai-se lá saber em um simples poema se isso para a autora é a mesma coisa que é pra mim?! Uma análise , por favor!
Lá vai o dito cujo:
Mulher abstrata - Ângela Bretas.
Sou quem sou, simplesmente mulher, não fujo, nem nego,
Corro risco, atropelo perigo, avanço sinal, ignoro avisos.
Procuro viver, sem medo, sem dor, com calor, aconchego,
Supro carências, rego desejos, desabrocho em risos...
Matéria cobiçada... na tez macia, no calor ardente.
Alma pura, envolta em completa fissura. Sem frescuras!
Encontro prazer na forma completa, repleta, latente.
Meretriz sem pudor,mulher no ponto, uva madura!
Sou quadro abstrato, me entrego no ato à paixão que aflora.
Sou enigma permanente, sem ponto final, sem continências,
Sou mulher tão somente, vivendo o momento, sorvendo as horas.
Sou pétala recolhida, sem forma, sem cor, completa em essência.
Exalo a esperança, transpiro vontades. Não me tenhas senhora.
Sou mulher insolúvel, nada volúvel. Vivo a vida em reticências...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ahhh quantas lágrimas eu tenho derramado!

Não, não sao lágrimas de tristeza! Tenho estado bem feliz embora esteja cansadíssima. A coisa é que essa semana está sendo de despedida de todas as coisas que ocupam meu precioso tempo e que gosto tantooo. Hoje acabou o estágio do hospital, quarta a monitoria, e teve adeus aos pacientes, ao estágio da clínica e agora só me falta do orientador...que eu tô protelando mais que tudo! Afinal, são cinco anos do mais puro envolvimento estudantil, não luta, nada de lutas e politicagens estudantis. E quem for a favor se resuma a seu cantinho que não pedi opinião de ninguém!
Nem quero avaliar agora a minha caminhada universitária, prefiro deixar isso para a análise. Mas que é uma coisinha estranha isso de sair não sei pra onde, é!! Mas hoje, necessariamante hoje, eu estou particulamente feliz. Ao acabar o estágio do hospital o coordenador me elogiou, falou que meu jeito observador e as colocações foram muito boas, que contribuiu muito e que foi um prazer... Porra como é bom vc ser reconhecido por você, sem ter que ficar babando, falando que faz e acontece, pedindo conselho ou ficando até depois de todo mundo p ver se tem um pouquinho de atenção. Adorooo fazer as coisas por mim...novidade nenhuma isso.
Mas agora vem tanta coisa, tantas possibilidades, tanta impossibilidades, enfim.. E eu nada de economizar nessas intermináveis reticências. Minha vida vem seguida de reticências, um horror! Todo mundo fala com um pequeno vício de linguagem e eu falo com pensativas reticências, às vezes nem tão pensativas assim. Muitas são além de reflexivas, prolixas, cansativas ou até mesmo burrinhas, tipo "peraí que não sei o que quero falar...peraí que eu não sei...". Viajei, viajei, voooltaa!
Em falar em viagem (e seguindo sem completar nenum pensamento - como de praxe) teve a tal prova de Salvador esse fds, e lá foi a idiota fazer... (insistentes reticências). Prova difícil do caracaa, meu irmão, sem comentários. Praia do Forte? Cheia, entupida de baiano. Baiano? Um povo que anda gritando, que fala com você querendo que aquela pessoa bonita que passa lá do outro lado da rua escute, que só anda em bandos, que fala as gírias mais estranhas do mundo e que na maioria das vezes se resume a playboys e patricinhas no sentido mais fútil da palavra (óbvio que isso só corresponde o típico baiano - aquele que corre atrás do trio e te chama de pai ou minha nêga). Pois é...estive na praia do forte cercada de baianos e o pior: todos vestidos da mesma cor!! Quase enlouqueço!!! Solução: bebe minha filha! Bebe muito, dança e pensa que amanhã vc não lembra nem da metade da festa! Fazer isso acompanhada de Renata é a coisa mais fácil do mundo...ô mulher que bebe!! Mas o melhor: entrei em cocó! Outra coisa sem comentários.
Cocós à parte... Tô feliz, tô chorando e rindo e assim, "a sorrir, eu pretendo levar a vida..."