sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Cuide-se bem
Cuide-se bem!
Perigos há por toda a parte
E é bem delicado viver
De uma forma ou de outra
É uma arte, como tudo...
Cuide-se bem!
Tem mil surpresas
A espreita
Em cada esquina
Mal iluminada
Em cada rua estreita
Em cada rua estreita
Do mundo...
Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...
Cuide-se bem!
Eu quero te ver com saúde
E sempre de bom humor
E de boa vontade
E de boa vontade
Com tudo...
Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...
domingo, 14 de dezembro de 2008
...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Ahhh quantas lágrimas eu tenho derramado!
domingo, 30 de novembro de 2008
E volta o cão arrependido...
Posso faar, nessa singela madrugada de domingo, que estou entrando em surto. Tanta coisa pra estudar e eu não consigo nem chegar perto dos livros!! Meu tempo não está seguindo o tempo real, ou pelo menos o lógico. Depois dos livros esquizofrênicos que li pra fazer a prova de residência no Rio parece que tudo é uma grande farsa, sei lá! Tanta cosa louca, que tenho a impressão que a gente pode sair afirmando qualquer loucura por aí que se entende como Psicologia e, às vezes, até é usada como uma referência pra uma prova supeeer concorrida!
Mas vamos às coisas boas do Rio... Que lugar encantadoramente urbano-interiorano! Lugares lindo, vegetação exuberante, ruas limpinhas (entenda-se que eu estava na zona sul), e o melhor: as praças!! Nunca vi tanto velhinho, babás com crianças, cachorros e casais tudo em uma praça só. Enquanto nas praças a população nativa parece estar alheia a tudo que acontece (a todos aqueles turistas passando) nas praias as pessoas parecem estar ali pra observar e ser observado. Ao mesmo tempo que o carioca se diz super liberal ele age como velhas senhoras de interior. Se você sai pra uma festa, no dia seguinte te contam a noite de todo mundo (e obviamente sabem sobre a sua), mas se você fala algo ele diz: "que nada, nem se importe, deixe esse povo pra lá"!
Ahhh, no albergue que fiquei eu me senti um misto de nativa-gringa, pois era a única mulher brasileira hospedada lá! O lugar era muito bom, as pessoas eram animadas, as festas eram ótimas, mas um detalhe:só se falava inglês. Eu ia dormir e acordava ouvindo inglês, às vezes ouvia francês, hebraico, finlandês e algumas outras coisas não identificáveis pra mim. Me perguntava a toda hora: "por que cargas d'água eu não continuei meu inglês quando eu tinha doze anos?!". Era o que mais voltava à minha cabeça...
Além do choque cultural com toda essa galera diferente (de trocarem de roupa na frente de todo mundo, de ver você e simplesmente nem olhar, de estarem conversando e sair sem nem dar um tchau...) teve o problema da língua, só nessa hora percebi que meu espanhol não me serve pra quase nada e não se tem como fugir do inglês, que me fazia sentir cada vez mais ignorante.
Conversando (em espanhol) com os franceses, com os quais me dei muito bem, falei que estava me fomando em Psicologia e que tinha ido fazer uma prova e o que ouço: "Cómo eres Psicóloga e no sabes hablar otras lenguas que no portugués y español?". Prefiro nem comentar...
Ainda tem a questão da minha cor. Inventei de ir com um australiano, que também tava no albergue, na praia. Pra quê? Foi a sensação de Copacabana! A galera olhando com cara feia, as piriguetes olhando pro cara, o vendedores enjoando, o coitado com vergonha e eu querendo por tudo voltar logo pro albergue...Acabou na hora com meu futuro quase romance bunitinho. Só depois a menina da recepção diz que eu deveria ter ido pra Ipanema porque Copacabana dia de domingo é muita muvuca. Só depois eu fico sabendo que eu devo me esconder pra não ser mal vista! Ai meu Brasil...
Depois de uma semana das mais variadas cocós me volto a Aracaju. Estudar, monitorar, atender, monografar, estagiar, fazer trabalhos... Volto a me encontrar com Lacan e Freud, dessa vez com bem menos empolgação, apesar de bem mais interesse pela residência de Salvador, e pensando como seria bom ter dinheiro pra não precisar correr tanto contra o tempo e que o maior erro da minha vida foi não ter continuado e feito outros cursisnhos a mais. Enfim... devia ter corrido mai no passado, quem sabe estaria numa marcha mais lenta agora?!
E acabo a madrugada pensando que amanhã eu me concentro pra estudar (na correria) por não ter conseguido fazer quase nada hoje. Jeitinho brasileiro!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Livro do desassossego
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Eu não tenho saco
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Urgente
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente permanecer."
Eugénio de Andrade
sábado, 11 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Morte e vida explosiva
(Morte e Vida Severina)
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Fascismo psicanalista 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
DONA DO RAIO
Maria Bethânia
Composição: Doryval Caymmi
Vamos chamar o vento
domingo, 24 de agosto de 2008
Sentir é criar
Mas o que é sentir? Ter opiniões é não sentir.
Todas as nossas opiniões são dos outros. Pensar é querer transmitir aos outros aquilo que se julga que se sente. Só o que se pensa é que se pode comunicar aos outros. O que se sente não se pode comunicar. Só se pode comunicar o valor do que se sente.
Só se pode fazer sentir o que se sente. Não que o leitor sinta a pena comum [?].Basta que sinta da mesma maneira.
O sentimento abre as portas da prisão com que o pensamento fecha a alma. A lucidez só deve chegar ao limiar da alma. Nas próprias antecâmaras é proibido ser explícito.
Sentir é compreender. Pensar é errar. Compreender o que outra pessoa pensa é discordar dela. Compreender o que outra pessoa sente é ser ela.
Ser outra pessoa é de uma grande utilidade metafísica. Deus é toda a gente. Ver, ouvir, cheirar, gostar, palpar - são os únicos mandamentos da lei de Deus. Os sentidos são divinos porque são a nossa relação com o Universo, e a nossa relação com o Universo Deus.(...) Agir é descrer.
Pensar é errar. Só sentir é crença e verdade. Nada existe fora das nossas sensações. Por isso agir é trair o nosso pensamento.(...) Não há critério da verdade senão não concordar consigo próprio.
O universo não concorda consigo próprio, porque passa. A vida não concorda consigo própria, porque morre. O paradoxo é a fórmula típica da Natureza. Por isso toda a verdade tem uma forma [?] paradoxal.(...)
Afirmar é enganar-se na porta.Pensar é limitar. Raciocinar é excluir. Há muito que é bom pensar, porque há muito que é bom limitar e excluir.(...)
Substitui-te sempre a ti próprio. Tu não és bastante para ti. Sê sempre imprevenido [?] por ti próprio. Acontece-te perante ti próprio.
Que as tuas sensações sejam meros acasos, aventuras que te acontecem. Deves ser um universo sem leis para poderes ser superior.São estes os princípios essenciais do sensacionismo. (...)
Faze de tua alma uma metafísica, uma ética e uma estética. Substitui-te a Deus indecorosamente. É a única atitude realmente religiosa (Deus está em toda a parte excepto em si próprio).Faze do teu ser uma religião ateísta; das tuas sensações um rito e um culto. (...)
Fernando Pessoa, in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
PARO
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Era voz de mulher
quarta-feira, 23 de julho de 2008
DESNUDOS
Por el mar vendrán
(¡Hoy! te diré yo
¡O, bajo los pinos,
(...Y tú me dirás
Levantará el gallo
(¡Hoy! te diré yo
¡O, en el sol nacido,
(...Y tú me dirás
quinta-feira, 10 de julho de 2008
O invisível
O que experimentamos num nível mais imediato, apesar de todas as possibilidades alentadoras que as tecnologias inventam sem cessar, é justamente isso: uma espécie de poluição do invisível. Como diz Deleuze, estamos cercados por todos os lados de uma quantidade demente de palavras e imagens, e seria preciso formar vacúolos de silêncio para que algo merecesse ser dito; ou, por extensão, vacúolos de imagens para que algo merecesse enfim ser visto. Técnicas de despoluição do invisível, não num sentido asséptico de preservação, mas de possibilitação. Como quando Deleuze mesmo conta que não se desloca muito para não espantar os devires, não é assepsia, mas possibilitação"...
domingo, 22 de junho de 2008
'É disso que elas gostam"
Por Kika Salvi
"Nem de longe é a beleza de um homem que encanta a mulher. Para a sorte de vocês (ou azar, vai saber...), nosso barato é diferente, e pode ser definido, entre outras coisas, como 'virilidade'...
Porque mulher gosta mesmo é de ser surpreendida, e isso só acontece quando se depara com alguém mais esperto do que ela. Todos sabem o jogo que estão jogando, esse interminável gato-atrás-do-rato que motiva nossa vidinha. E é preciso reconhecer as suas regras, o que requer maturidade. Homem que baba demais, no chance. Os que bajulam e não convencem, também. Os cafas, cruz-credo! A gente tem olho clínico pra eles e passa longe quando os vê. Os demasiadamente (ou precipitadamente) românticos têm grande chance de morrer na praia, porque acaba o desafio. Os posudos e pretensiosos não duram mais do que uma noite. Restam então os inteligentes.
Estes, sim, sabem do que somos feitas. E sabem que, por trás de toda empáfia, vaidade ou sedução, está um bichi-nho indefeso em busca de acolhimento, louco por um colo. A virilidade está nisso, na consciência masculina de que não somos assustadoras nem lascivas, mas apenas mulherzinhas assustadas e ávidas por um olhar que nos descubra. E nos devore, de preferência."
domingo, 1 de junho de 2008
Balada de loucos
Eu, no calabouço [prisão subterrânea] sinistro de uma dor absurda, como de feras devorando entranhas, sentindo uma sensibilidade atroz morder-me, dilacerar-me.
Ela, transfigurada por tremenda alienação, louca, rezando e soluçando baixinho rezas bárbaras.
Eu e ela, ela e eu! — ambos alucinados, loucos, na sensação inédita de uma dor jamais experimentada.
A pouco e pouco — dois exilados personagens do Nada — parávamos no caminho solitário, cogitando o rumo, como quando se leva alguém a enterrar alguém, as paradas rítmicas do esquife[caixão]...
Eram em torno paisagens tristes, torvas [pavorosas], árvores esgalhadas [com ramos cortados] nervosamente, epileticamente — espectros [fantasmas] de esquecimento e de tédio, braços múltiplos e vãos, sem apertar nunca outros braços amados!
Em cima, na eloqüência lacrimal do céu, uma lua de últimos suspiros, morta, agoniadamente morta, sonhadora e niilista [adepto da doutrina de descrença absoluta] cabeça de Cristo de cabelos empastados nos lívidos [descorados, acinzentados] suores e no sangue verde de letais gangrenas.
Eu e ela caminhávamos nos despedaçamentos da Angústia, sem que o mundo nos visse e se apiedasse, como duas Chagas mascaradas na Noite.Longe, sob a galvanização [revestimento] espectral do luar, corria uma língua verde de oceano, como a orla de um eclipse.
(Cruz e Sousa*, Evocações)
* poeta nascido em 1861, negro que morreu aos 36. Casou-se com Gravida que enlouqueceu e passou por vários períodos de internação em hospitais psiquiátricos. Nesta balada relata um episódio em que estava passeando com sua mulher e percebe que ela subtamente estava enlouquecendo.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Valerá a pena?
- É uma merda.
- Então por que publicou?
- Porque não havia outro jeito, já estava escrito. Escrever é renunciar - e eu não sei renunciar. Gide disse o diabo desta vida é que entre cem caminhos, temos de escolher apenas um e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove. Pois bem: a literatura é como se você tivesse de renunciar todos os cem...
Eduardo nunca ouvira falar em Gide.
- Parece preceito evangélico: aquele que perder sua vida a salvará. Mas às avessas, procurar Deus onde ele não se encontra. A atividade literária é exatamente isso. Não se deter diante de nada. Valerá a pena? Os que têm nojo fracassam. Que se faria do lixo, se ninguém quisesse ser lixeiro? Mas isso é um pouco cedo para você entender.
- Eu entendo - mentiu Eduardo, aturdido.
- A arte é uma maneira de ser dentro da vida. Há outras...É uma maneira de se vingar da vida. Assim como se você procurasse atingir o bem negativamente, esgotando todos os caminhos do mal. É preciso ter pulso, é preciso ter estômago..."
Fernando Sabino (O encontro marcado)
*Gide: André Gide, escritor francês falecido em 1951
domingo, 18 de maio de 2008
e ser feliz...
E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou
Nada sei, conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs.
È preciso amor pra puder pussar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.
Compreender a marcha, ir tocando em frente,
Como um velho boiadeiro, levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,
Estrada eu sou, conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maças,
È preciso amor pra puder pussar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir
Um dia a gente chega, no outro vai embora,
Cada um de nos compõe a sua historia, cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz,
conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maças,
È preciso amor pra puder pussar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir
E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,
Cada um de nos compõe a sua historia, cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Presente!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
A histeria e o útero...
sábado, 10 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
ser??
Ainda ontem tava conversando e falei: “É, imagem é tudo! E pra que ter conteúdo se hoje em dia o que interessa é a embalagem?!” Sim, isso foi uma crítica... Eis que passa no programa um rapaz falando sobre ambientalismo com uma estante cheia de livros atrás e depois percebo que ele estava numa livraria. Nisso comecei a pensar em um casal acusando o outro com uma imagem de santo atrás e entre eles; num casal dizendo ser inocente, segurando um terço; um médico falando qualquer besteira, mas sempre com uma estante cheiaaa de livros atrás!!
Incrível como usamos artifícios para mascarar algo ou passar uma imagem que queremos que os outros acreditem ser a verdade. Aí comecei a lembrar de um caso de um rapaz que aprontava todas, mas tinha aquele ar de “moço de respeito”, com um crucifixo no pescoço, com uma fala cheia de rebuscamentos. Nisso me veio vários outros casos, histórias, pacientes... e fiquei assim almoçando, viajando, pensando cá com os meus botões. Será que se faz isso por querer enganar ou ter a confiança do outro ou é para se enganar e assim tentar se convencer que é uma coisa que sabe-se que não é?!
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Segunda chuvosa
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Renovar
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Ah, as mulheres de vinte
Ah, as mulheres de vinte anos! Entre vinte e trinta. É o que há de melhor em mulheres no Brasil. E, antes de ser tachado de velho tarado, aviso: não estou falando do corpo, não. Mas da cabeça. É a cabeça menos preocupada em se tornar linda fisicamente. São lindas, simplesmente são. Desde a geração da minha bisavó (nascida no final do século 19) eu não vejo mulheres brasileiras tão autênticas. Tão elas. São elas, entre 20 e 30.
E eu acho que eu vou arriscar um palpite. Elas são filhas do que já houve de mais doido e revolucionário neste Brasil. São filhas de ex-hippies, ex-lideres políticos estudantis ou de outras minorias, filhas de pai que já fumaram (e a maioria tragou), filhas de quem viu o homem subir no espaço e dizer que a terra é azul e, especialmente, filhas de feministas quase ortodoxas. Enfim, filhas de uma geração que lutou para abrir portas.
Os seus pais, por serem iniciantes (além de muito jovens) em suas rebeldias, foram extremamente radicais. Me lembro de uma amiga feminista que não admitia que um homem segurasse no seu cotovelo para ajudar a atravessar a rua. Mas as mulheres de vinte não são feministas, são fêmeas. Ponto.
E as mulheres, que hoje têm entre 20 e trinta anos, souberam amenizar todo aquele nosso radicalismo. Parece simples, mas já nasceram com a sabedoria e a revolução que seus pais fizerem. Alguns, até morrendo.
Tudo isso além, é claro, daquela tatuagem que entra para dentro do biquíni, só pra gente ficar imaginando o que é aquilo e onde vai dar. Além, é claro, daquela orelha cheia de brilhantezinhos. Além, é claro, daquela certeza de quem sabe que é. Além, sobretudo, do tom que vai do cor-de-rosa ou jambo verde-amarelo.
Antes mesmo de começar a escrever sobre você, que tem entre 20 e 30, recebi um mail de uma de 22, jornalista e emancipada:
“Meu querido, mulher de 20 e poucos anos, não fica rindo quando fuma um baseado, não. Fica sim, louca para ficar, para experimentar todas as sensações que, por ter 20 e poucos anos, ela ainda não conhece. E não há nada mais excitante do que a curiosidade - principal qualidade da mulher de 20. E com 20 anos essa curiosidade vem livre de medos e receios, pronta para usar e aguçar.
Mas o melhor de tudo é que com vinte e poucos anos vc acredita que a vida é simples; que nós vivemos do que acreditamos; amamos tudo e todos, queremos dar e receber muito amor; conhecer gente, trocar energias, pegar um pouquinho de cada pessoa que passa pela nossa vida, desejar apenas fazer o bem, ser uma pessoa boa. Papinho bicho grilo este, né? Pode ser, mas tão mais saudável do que pensar na barriguinha que tá crescendo, no botox que é caro, no cabelo que precisa de escova, no medo de envelhecer e etc”....
Ah, as mulheres de vinte... Abreviam tudo!
A maioria delas já é mãe. São mulheres que convivem com filha, mãe e avó. Algumas até com bisavó. Apenas elas podem tirar proveito de viver um século inteiro sem sair de si mesmas. Aprendeu com a avó, com a mãe e agora se assusta com a própria filha. Que não a chama de senhora, onde já se viu? E a enfrenta na frente “das visitas”.
Demorou um século para surgirem as mulheres de vinte. E nos puseram nos nossos devidos lugares. Admiradores, fãs e, porque não dizer, pai de uma delas que me ensina, diariamente, que viver não é tão complicado assim. Basta ter vinte anos. Sempre. Mesmo tendo acabado de fazer 58!
Mario Prata (2004)
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Dia Nacional do Chorinho
Morreeeeendoooooo de cansada, mas não se pode esquecer a beleza que no mundo existe!!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
ser profundo...
que reluz e dá sabor
ventos, cabelos e nús
despenteando o amor
nem a dor é cor vermelha
o rancor te dói a veia
faz o peso ser tão peia
que carrega à vida alheia
com os gritos e murmurios
infectando alguns rios
lençois freaticos e bebidas
avassalador de vidas
prefiro a cor da fruta viva
a rapariga toda perdida
de amores e desejos
esperando uma mordida
e engordar e esfalecer
melhorar e fazer de novo
cada momento novo gozo
e se a hora merecer
tudo de novo
isso sim
ao invés de poço
ser profundo
ser de novo
Felipe Amarante
(um presente que ganhei)
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Violência
terça-feira, 15 de abril de 2008
Lavoura
E me volta a saga do Movimento Institucionalista, pois então o que é uma família senão uma instituição? Instituições como sendo composições lógicas, um conjunto de leis e princípios que prescrevem ou proscrevem comportamentos e valores, ou seja, dizem o que deve ser, o que não deve e o que é indiferente, sendo entidades abstratas.
Então o que vejo aí? O conceito de atravessamento (instituídos) contra as transformações postas pela Transversalidade (instituinte) tentando uma fracassada transformação, uma ruptura com a cultura de dominação, exploração e mistificação.
Isso, isso...esse é um de meus olhares sobre esse interessantíssimo filme, esse é um dos milhares de olhares que quem assistiu pode ter.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
O ser doente
terça-feira, 8 de abril de 2008
Erótica!!
domingo, 6 de abril de 2008
Mamis
sábado, 5 de abril de 2008
Aracaju!!!
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Brasil
E eu nunca mais me atrevo a dizer que no Brasil não existe cobra no meio da rua, nem macaco andando pela praia!!!
Créditos do vídeo: Davi e Mariano.
Singularidade
" A Folha de São Paulo convidou Guattari para uma mesa-redonda, pedindo-lhe que propusesse um tema. Ele sugeriu "Cultura de massa e singularidade". No entanto, o título anunciado foi "Cultura de massa e individualidade". O termo "singularidade", segundo disseram, parecia ao jornal demasiadamente sofisticado, inacessível a seu leitor - exatamente, o consumidor de cultura de massa...
Ao substituir o termo "singularidade" por "individualidade", o jornal, curiosamente, encenou o próprio tema do debate: cultura de massa e singularização não podem aparecer numa mesma frase; elas são, na realidade, incompatíveis. A imprensa, enquanto produtora de cultura de massa, alimenta-se de fluxos de singularidade para produzir, dia a dia, individualidades serializadas. Democraticamente, ela "amassa" os processos de vida social, em sua riqueza e diferenciação e, com isso, produz, a cada fornada, indivíduos iguais e processos empobrecidos.
Mas não fica só aí a coincidência. Completando sua mise-en-scène, o jornal justificou a troca dos termos argumentando que a palavra "singularidade" seria uma sofisticação inacessível a seu leitor. De fato, singularizar é luxo nos tempos que correm! Ainda mais no mundo das páginas diárias, fabricado por essa máquina cuja função é exatamente inversa: produzir indivíduos deslocáveis ao sabor do mercado e, para isso, precisando interceptar seu acesso aos processos de singularização. Isso sim, sem dúvida, adapta-se perfeitamente aos tais "tempos que correm"…
[Guattari, F.; ROLNIK, S. Micropolíticas - Cartografias do Desejo. Petrópolis: Vozes, 1986
Figura:http://www.gdubois.com/